Nos últimos meses, acompanhamos alguns feitos muito importantes e marcantes de artistas brasileiros em relação à relevância internacional. Como foi o caso da cantora Anitta, que teve sua música “Envolver” como a mais tocada no mundo durante alguns dias. Ainda este ano, a cantora Luísa Sonza também teve uma música como destaque no top 50 global do ranking do Spotify. Isso, com certeza, se deve a nova forma de relacionamento entre fãs/artistas que as redes sociais promovem.
Hoje em dia, é muito comum ouvir que tal cantor ou cantora possui um "fandom" muito grande, que nada mais é que um grupo de pessoas que são fãs de determinada coisa em comum seja um seriado de televisão ou artista. E foram esses fandoms, por exemplo, os responsáveis por iniciar e aumentar as campanhas para que a música da cantora carioca chegasse à lista de mais ouvidas da Billboard recentemente.
E a verdade é que atualmente, essas “fanbases” são essenciais para o crescimento da indústria do entretenimento, já que, são as principais consumidoras dos produtos de mídia, além, é claro, de tornar os conteúdos relevantes. Isso é para o artista uma forma de divulgação em massa a um custo menor que em vias tradicionais.
Mas ok, é interessante para o fã ver o seu ídolo entre os mais comentados e aclamados nos noticiários e redes sociais, porém, essa parceria pode se tornar ainda mais interessante para ambos. Sabe como? A resposta é simples, os fãs podem virar “sócios” por meio de royalties musicais.
Toda vez que uma música é reproduzida em plataformas digitais ou espaços públicos, o artista recebe um pagamento desses estabelecimentos (físicos ou digitais). Caso os fãs, além de torcer para o ídolo, também façam um investimento nessa música/cantor e se tornem detentores de um pequeno pedaço, quanto mais reproduções ela tiver, maior é o retorno financeiro que ele terá.
DivulgaçãoÉ fato que os royalties musicais, por muitos anos, foram deixados de lado por artistas, visto que nunca foram sua principal fonte de renda. Porém, em 2020, durante a pandemia, eles viram sua principal fonte de renda ser cancelada e isso fez com que, muitos deles, voltassem sua atenção novamente para esse mercado. Dessa forma, foi por meio desses “aluguéis” que parte dessa classe conseguiu se manter durante o período.
Ou seja, esse tipo de investimento, apesar de ainda não ser muito reconhecido, pode e deve ser uma nova maneira de se investir, ainda mais com a tokenização ganhando força. Até porque, em sua maioria, ele serve para complementação de renda, e não como forma principal de ganhar fundos, além de ser uma forma de aproximar ainda mais ídolo e fã.
* Pedro Nasser é CEO da Brodr, primeiro marketplace dedicado a royalties musicais no Brasil. Com vasta experiência na área de gestão financeira, o executivo, em sua trajetória profissional, passou pelas empresas Ibmex Consultoria Empresarial Jr, na qual ocupou a posição de gerente, e a MedTech PILFIL, sendo o responsável financeiro da startup.